Astérix e Obélix comemoram 45 anos

Um dos franceses mais famosos no exterior, Astérix, seu amigo Obélix e os demais camaradas gauleses, grandes caçadores de javalis e de romanos, comemoram 45 anos amanhã.

Em 29 de outubro de 1959, foi editada na revista francesa de histórias em quadrinhos "Pilote" --desaparecida em 1989--, os primeiros esboços do pequeno gaulês bigodudo, nascido sob os bons auspícios de René Goscinny (roteiro) e Albert Uderzo (desenho).

Dois anos depois, a primeira história em quadrinhos das aventuras gaulesas vendeu apenas 6.000 exemplares. Porém, em 1963, a segunda, "A Foice de Ouro", atingiu os 20 mil exemplares. Depois, as aventuras de Astérix foram conquistando cada vez mais adeptos.

Hoje, as últimas histórias do pequeno gaulês ultrapassam os dois milhões de exemplares. O recorde foi batido em 2001, com "Astérix e a Traviata", publicado no mesmo dia em toda a Europa em oito milhões de exemplares, sendo três milhões na França e outros três na Alemanha, país onde Astérix é muito popular.

No total, com 36 aventuras publicadas em 107 diferentes idiomas e dialetos, são 310 milhões de histórias em quadrinhos de Astérix e seus amigos vendidas em todo o mundo. Além disso, as aventuras do pequeno gaulês inspiraram jogos de computador, CDs, uma peça de teatro, sete filmes de animação e dois longas de sucesso, rodados em 1999 e em 2002 com os atores franceses Christian Clavier no papel de Astérix, e Gérard Depardieu como Obélix. Isso sem contar o Parque Astérix, inaugurado em 1989 no subúrbio de Paris.

"Se tivéssemos imaginado em 1959 que iríamos alcançar tamanho sucesso, teríamos ficado com muito medo", disse recentemente Uderzo, que se tornou o único criador de Astérix desde a morte de seu companheiro Goscinny, em 1977.

Uderzo resolveu continuar a aventura sozinho, assumindo roteiro e desenho, e as onze últimas histórias foram publicadas com sua assinatura.

A aventura dos gauleses continua. Com 77 anos, Uderzo acabou de terminar o roteiro da próxima história, que deve ser publicada em 2005, e deu a entender que, "talvez, pela primeira vez, o bardo Chatotorix será autorizado a participar do banquete final". Seria um acontecimento histórico. 

Fonte: www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u47983.shtml